O assassinato
de um taxista em Goiânia, na semana passada, chocou a sociedade pela
brutalidade com que foi cometido e expôs, mais uma vez, a fragilidade da
segurança desses profissionais tão importantes para a cidade. O condutor
Glauber Vieira foi morto a chutes e murros por dois assaltantes, no Setor
Recanto das Águas. Infelizmente, não foi a primeira vez que isso ocorreu e,
pelo visto, não será a última.
Recebo
constantemente, na Câmara Municipal de Goiânia, queixas dos taxistas e do
sindicato da categoria a respeito da violência crescente à qual são submetidos,
principalmente no caso daqueles que trabalham à noite e de madrugada. São
constantes os assaltos, os furtos e, lamentavelmente, também os assassinatos.
Já perdi a
conta de quantas visitas fiz à Secretaria Estadual de Segurança Pública,
acompanhado de representantes da categoria, para expor a dimensão do problema e
solicitar ações. Também já perdi a conta de quantos convênios foram firmados,
com promessas de aumentar o policiamento nas vias mais perigosas à noite.
O que
pedimos, basicamente, era que os táxis fossem abordados por policiais à noite,
para checar se tudo transcorria tranquilamente dentro do veículo; que a
quantidade de policiais presentes nas vias mais movimentadas da cidade fosse
elevada e que os casos de assassinato fossem apurados com mais rigor.
Não se trata
de querer beneficiar uma parcela específica da população, mas de proteger de
forma mais ostensiva profissionais que estão permanentemente expostos aos
riscos, que trabalham transportando pessoas que não conhecem e que podem estar
com a pior das intenções, podem ser criminosos em potencial.
Infelizmente,
as promessas da Secretaria Estadual de Segurança Pública não passaram disso: promessas. Enquanto isso, os taxistas continuam sendo agredidos, lesados,
quando não mortos, no exercício das suas funções. A pergunta é: quantos
trabalhadores ainda terão de morrer até que se tome providências?