quarta-feira, 23 de maio de 2012

Governo goiano contra o meio ambiente


É absolutamente vergonhosa a falta de comprometimento do governo do Estado de Goiás com a preservação ambiental. Para piorar, ainda conta com a conivência de um legislativo pífio, que também está pouco se importando com a proteção dos nossos recursos naturais. O projeto que reduz o limite de construção de postos de combustíveis de 900 para 200 metros de distância de mananciais, lagos e nascentes, aprovado ontem (22/05) pela Comissão Mista da Assembleia Legislativa  de Goiás, é uma prova do que eu digo.
O projeto é de autoria do governo estadual. A votação contou com amplo apoio da base do governador Marconi Perillo. Apenas o deputado Wagner Siqueira, o Waguinho (PMDB), votou contra. Para quem não sabe, 1 litro de óleo combustível pode poluir 1 milhão de litros de água. Agora multipliquem o potencial poluidor de um suposto vazamento de um posto de combustível, que comporta milhares de litros de óleo! Isso é uma irresponsabilidade, uma ignorância. Querem transformar nossos rios e córregos na Baía de Guanabara destruída pela Petrobras.
Tratemos de elaborar hipóteses de acidentes e riscos, pois quem trabalha com prevenção (e, em termos de meio ambiente, essa deveria ser a regra) tem de pensar nisso. Caso a bomba de um posto de combustível instalado a apenas 200 metros de um rio sofra um vazamento, o caos será instaurado. O lençol freático estará gravemente ameaçado, principalmente pelo contato da água das chuvas com o óleo, favorecendo a infiltração de material poluente.
Alcançando o leito do rio, o óleo combustível produz um quadro extremamente sério de degradação, cujos impactos são: contaminação da água e do leito do rio, mortandade da fauna e redução do habitat, redução da atividade de turismo na região, desemprego de pescadores, suspensão do abastecimento de água potável no município mais próximo e problemas com a falta de alimentos (todos aqueles irrigados com a água contaminada devem ser descartados).
Fora isso, é necessário frisar que o trabalho de despoluição dos mananciais por óleo combustível é complexo e demorado. Em determinados locais, dois anos após os acidentes o meio ambiente ainda sofria com os impactos negativos da contaminação. 
Mais uma vez, o cartel de combustíveis dá as cartas em Goiás e ninguém fala nada. Lesam o nosso bolso, destroem o meio ambiente, e fica por isso mesmo. Mas, no que depender de mim, esse desastre ambiental não vai se tornar lei. Lutarei até a última instância para proteger os rios, córregos e nascentes de Goiás!

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